O aumento da incerteza sobre os rumos da política monetária tem sido relevante nas últimas semanas. A percepção de uma atividade econômica que resiste em desacelerar se uniu à escalada do dólar contra o real neste ano para dar apoio a uma visão crescente de que o Banco Central (BC) será obrigado a retomar, em setembro, o processo de aperto das condições monetárias.
Aliada a essa percepção está a comunicação recente de alguns dirigentes do Banco Central, em especial os diretores Gabriel Galípolo (política monetária) e Diogo Guillen (política econômica).
Antes da decisão de juros de julho, poucas casas já projetavam novas altas da Selic, como XP Asset Management e Novus Capital. Após a reunião, porém, o cenário ganhou adeptos entre gestoras relevantes, como Legacy Capital, Itaú Asset Management e ASA, enquanto, mais recentemente. Mais recentemente, algumas equipes do “sell side” aderiram a esse cenário — casos de XP e BTG Pactual.