Um estudo inédito realizado pelo Serasa Experian traz um dado preocupante: mais da metade dos brasileiros (51%) já foi vítima de golpe financeiro. E o impacto vai além do susto: entre os que caíram em fraudes, 54,2% sofreram prejuízo financeiro. Em quase 20% dos casos, as perdas variaram entre R$ 1.000 e R$ 5.000.
O estudo também revela que as fraudes visam pessoas de todas as idades, sendo que as principais vítimas dos golpistas são as pessoas acima de 50 anos. Com isso, fica a pergunta: o que você pode fazer para proteger-se da ação de golpistas e não ser mais uma vítima? Confira:
Os principais golpes financeiros e o que você pode fazer
O mesmo estudo do Serasa identificou os golpes mais recorrentes. São eles:
- Uso indevido de cartões de crédito e débito (47,9%)
- Pagamento de boletos falsos ou transações fraudulentas via Pix (32,8%)
- E-mails ou mensagens fraudulentas que induzem ao roubo de dados (21,6%)
Infelizmente, até o momento, não tem como impedir esses(as) criminosos(as) de agir, mas a boa notícia é que existem atitudes que você pode tomar para se proteger.
Para falar sobre elas, a seguir abordamos três golpes comuns e um cuidado que você deve ter com suas senhas:
1 – Atenção ao devolver um Pix
Esse é o famoso “Golpe do Pix Errado”. Funciona assim: o(a) golpista faz uma transferência para a conta da vítima e, em seguida, entra em contato dizendo que enviou o valor por engano. Em vez de pedir a devolução para a mesma conta, o(a) criminoso(a) orienta a transferência para outra, supostamente de um parente.
A vítima, tentando ser gentil ou resolver o suposto erro, faz a transferência. O problema é que, após isso, o(a) golpista entra com pedido de devolução do valor que ele(a) enviou “por engano” por meio do MED (Mecanismo Especial de Devolução), uma ferramenta do Banco Central. Assim, ele recupera o dinheiro que enviou para aplicar o golpe e mais o valor transferido pela vítima.
Dica: se receber um Pix por engano, devolva o valor apenas pela função oficial “devolver Pix” do aplicativo, para a conta de origem. Nunca transfira para outras contas.
2 – Sempre confira a fatura do seu cartão de crédito
Golpistas podem clonar seu cartão em sites inseguros, maquininhas adulteradas ou após perda/roubo do cartão físico. Depois de conseguir os dados, os(as) criminosos(as) costumam fazer uma compra de valor baixo, justamente para passar despercebido pelo titular do cartão.
Se esse teste funcionar, ele(a) continua realizando novas transações, que, somadas, podem causar um grande prejuízo. Por isso, é fundamental verificar com frequência a fatura do seu cartão, revisando item por item. Se identificar qualquer compra que não reconheça, entre em contato com o banco imediatamente, bloqueie o cartão e solicite o estorno do dinheiro.
Dica: no aplicativo do seu banco, ative as notificações de compra no cartão para ser avisado(a) em tempo real sobre qualquer movimentação.
3 – Não forneça seus dados pessoas por mensagem, e-mail ou telefone
Criminosos(as) costumam também entrar em contato com as pessoas fingindo ser do banco, alguma empresa conhecida ou até mesmo de um órgão público. O contato pode ser por mensagem, e-mail ou telefone e o discurso é o mesmo: eles dizem ser necessário confirmar informações para liberar um cadastro ou resolver algum “problema urgente” com sua conta.
Ao mexerem com o psicológico da vítima – por exemplo, avisando que foi realizada uma compra de alto valor no Pix dela – eles acabam conseguindo o que querem: os dados sigilosos da pessoa. Com esses dados, eles conseguem clonar cartões, enviar Pix e fazer compras em nome da vítima.
Dica: bancos nunca pedem dados por mensagem, ligação ou e-mail. Desconfie de links suspeitos e, em caso de dúvida, fale direto com o banco pelo app ou canal oficial.
4 – Utilize senhas fortes e atualize-as com frequência
Esta dica é uma das formas mais simples e eficazes de evitar que seus dados sejam acessados por golpistas: use combinações de letras maiúsculas e minúsculas, números e símbolos.
Além disso, tenha senhas diferentes para cada aplicativo, plataforma ou site. Isso reduz o risco de que uma senha vazada em um serviço seja usada para invadir outros.
Adicionalmente, troque suas senhas com frequência, especialmente as de contas bancárias, e-mails e aplicativos que envolvem informações pessoais ou financeiras. Lembre-se: o seu objetivo com isso é afastar o(a) criminoso(a) dos seus dados.
Com essas dicas, esperamos que você consiga manter suas informações pessoais e seu dinheiro protegido das ações de golpistas. Quer mais conteúdo como este? Visite o Investir Bem e a plataforma nudge.
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