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Deflação: você sabe o que é isso?

Saiba mais sobre esse comportamento da economia, que é raro, mas pode acontecer em algumas situações.

A palavra inflação é, infelizmente, conhecida dos(as) brasileiros(as). O assunto faz parte do nosso cotidiano e é algo que preocupa a população. O que não é assim tão comum é ouvirmos falar em deflação.

Apesar de não ser tão comum, a palavra tem sido bastante usada na mídia nos últimos tempos. O motivo? Segundo o IBGE, o Brasil teve o terceiro mês seguido de deflação, com queda de 0,29% nos preços.

Como se trata de um fenômeno raro, mas que pode acontecer em nosso país, preparamos um artigo especial para você entender tudo sobre o assunto (e poder inclusive explicá-lo aos seus colegas e familiares).

O que é deflação?

Deflação é o movimento inverso da inflação. Explicando melhor, enquanto a inflação é o movimento de subida dos preços, a deflação é a descida generalizada dos preços de produtos e serviços oferecidos aos consumidores.

Ao entender isso, muitas pessoas associam a deflação a algo bom e positivo. Isso faz todo o sentido, afinal, quem é que não gosta de ver os preços caindo?

O problema é que, como veremos, esse movimento de descida pode não ser tão positivo assim. Mas antes, para você não ficar com dúvidas sobre o assunto, vamos à pergunta:

Toda queda de preço é uma deflação?

Não exatamente. Para ser considerado como deflação, os recuos nos preços precisam ser generalizados.

Isso significa que se as reduções são observadas apenas quando fazemos compra no supermercado, por exemplo, mas em outros segmentos os preços não caíram, não temos uma deflação. Além disso, as quedas devem ser contínuas.

Portanto, grave que, para ser considerado deflação duas condições precisam ser atendidos:

  • A queda nos preços tem que ser observada em vários segmentos.
  • A queda nos preços deve ser contínua, ou seja, por alguns meses seguidos.

Como uma deflação acontece?

Na economia existe uma relação de oferta e demanda. Uma regra básica é que, quando a procura (demanda) por um produto ou serviço é alta, mas a quantidade disponível desse mesmo produto ou serviço é pequena (oferta), os preços tendem a subir.

O contrário também acontece. Ou seja, quando a oferta de serviços e produtos é muito maior do que a quantidade de pessoas querendo comprá-los ou adquiri-los, normalmente temos uma baixa nos preços, pois as empresas precisam incentivar a venda para liberar seus estoques.

É nesse cenário que ocorre a deflação: quando há mais itens à venda do que pessoas para comprá-los.

A deflação também pode ocorrer quando existe menos dinheiro circulando. A lógica é que, se tem menos moeda na praça, menos pessoas estão saindo às compras. Como consequência, existe a queda nos preços para incentivar a economia.

Desinflação é o mesmo que deflação?

Esta costuma ser uma dúvida bem comum e várias pessoas ainda fazem uma certa confusão. Para você não fazer parte deste grupo, já adiantamos que uma coisa não tem nada a ver com a outra.

Como vimos, a deflação é quando há uma queda generalizada dos preços. A desinflação, por sua vez, acontece quando a inflação desacelera um pouco, mas mesmo assim ainda é positiva.

Enfim, deflação é algo bom ou ruim?

Queda de preços todo mundo gosta, não é mesmo? O problema é que, quando o movimento de deflação é identificado, significa que a economia de uma país pode não estar muito bem.

Voltando ao motivo de ocorrer a deflação! Lembra que explicamos que ela pode existir quando as pessoas começam a comprar menos? Pois bem, imagine que você seja dono de um estabelecimento comercial.

Com menos pessoas comprando, você precisará fazer alguns cortes. Por exemplo, você poderá ter que reduzir a compra de estoque. Só que, se você compra menos estoque de uma fábrica, essa mesma fábrica deixa de ganhar dinheiro. Como resultado, ela precisará reduzir ou até cortar a produção.

Com menos dinheiro entrando, tanto a fábrica quanto o estabelecimento passam a investir menos. O mesmo ocorre com a transportadora que levaria os produtos da fábrica para a loja. Ela deixa de ter serviço e, portanto, precisa realizar cortes.

Portanto, com a economia estagnada, o poder aquisitivo da população cai e surge o quadro do desemprego.

Porém, existem também cenários nos quais a deflação não signifique que a economia de um país está necessariamente com problemas. Há casos em que esse fenômeno pode ser algo natural e passageiro, sendo um movimento geral de acomodação de preços.

Como frear a deflação?

Para reverter todo esse cenário, algumas medidas podem ser adotadas. Entre elas, o Banco Central pode optar por reduzir os juros, ampliar o acesso ao crédito e tornar mais baratos os empréstimos e financiamentos.

Tudo isso com o objetivo de incentivar as pessoas a gastarem seu dinheiro, isto é, a fazer o dinheiro circular e a economia girar.

Existem outras medidas que podem ser adotadas, mas o importante aqui é você entender o que é deflação e saber como ela pode afetar a sua vida.

Afinal de contas, quem tem conhecimento tem muito mais capacidade para ser financeiramente organizado e fazer sempre bom uso do dinheiro.

Se você acha que este artigo pode ajudar outras pessoas, fique à vontade para compartilhá-lo. Outros conteúdos como este você encontra aqui no Investir Bem!

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