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Parcelou, esqueceu... e agora? Entenda a dívida do cartão

Saiba como é formada a dívida do cartão de crédito (e entenda por que ela é ruim).

Uma grande parcela da população brasileira adora um parcelamento. Para você ter uma ideia, segundo a CNDL/SPC Brasil, 69 milhões de consumidores possuem compras parceladas. Ainda de acordo com o levantamento, 80% das pessoas entrevistadas pretendiam realizar compras parceladas no mês ou no mês posterior à pesquisa.

Dos meios de pagamento utilizados para parcelamento – cartão de crédito, boleto e Pix parcelado – o cartão ainda é o campeão. Mas o que parece uma solução prática no momento da compra pode se transformar em uma armadilha para o bolso, especialmente quando esquecemos das parcelas ou gastamos mais do que podemos pagar no mês seguinte.

E aí vem a pergunta: como entender e lidar com a dívida do cartão de crédito? Explicamos tudinho a seguir!

Como é formada a dívida no cartão de crédito?

Toda vez que uma compra é feita no cartão de crédito, os valores aparecem na fatura do mês ou dos meses seguintes, dependendo da quantidade de parcelas escolhida. Até aí, tudo certo, desde que o pagamento seja feito dentro do prazo.

Quando a pessoa deixa de pagar a fatura na data do vencimento, ou paga somente o mínimo, o saldo devedor entra no crédito rotativo.

E o que é crédito rotativo?

Simplificadamente, ele é como se fosse um “empréstimo de emergência” que o banco ou a operadora do cartão oferece para cobrir o valor que não foi pago. Desde outubro de 2023, os juros do rotativo estão limitados a 100% do valor original da dívida.

Explicando: se você deixou R$ 400 sem pagar (ou seja, ficou com uma dívida no cartão de R$ 400), os juros cobrados poderão somar, no máximo, R$ 400. Com isso, a dívida total não poderá passar de R$ 800, independentemente de quanto tempo demore para quitá-la.

Perceba que o crédito rotativo continua sendo uma das formas mais caras de crédito do mercado. Por isso, sempre que possível, o ideal é evitar entrar nessa modalidade.

O problema da bola de neve: continuei usando o cartão. E agora?

Você não conseguiu pagar toda a fatura, entrou no crédito rotativo… e continuou usando o cartão. Isso é mais comum do que parece, sendo uma das principais armadilhas para quem quer sair do vermelho.

Na próxima fatura, o susto pode ser grande. Isso porque o valor total a pagar vai incluir:

  • O que ficou pendente no mês anterior, somado aos juros do rotativo;
  • Parcelas antigas de compras que ainda estão sendo cobradas;
  • E, claro, as novas compras feitas depois do fechamento da última fatura.

Percebe como a bola de neve só cresce?

Então, o que eu faço se já estou enrolado(a) com o cartão?

Se você possui dívida no cartão de crédito, o importante é não perder o controle. Respire fundo e siga estas dicas:

  1. Pare de usar o cartão por um tempo: até entender e organizar as finanças, o ideal é congelar novos gastos.
  2. Liste todas as dívidas do cartão: veja o total das parcelas em aberto, o saldo devedor e as compras futuras já parceladas.
  3. Negocie com a operadora: muitas vezes é possível trocar o rotativo por um parcelamento com juros menores.
  4. Monte um plano de pagamento: inclua a dívida no seu orçamento mensal e defina metas realistas para quitá-la.

Como evitar dívidas no cartão?

Caso você não esteja no crédito rotativo, ou queira evitar cair nessa armadilha, antes de fazer qualquer compra, pense se o valor cabe no seu orçamento futuro. Muitas vezes, o limite disponível passa a falsa sensação de que há dinheiro sobrando, mas é importante lembrar que só porque o cartão permite a compra, não quer dizer que o seu orçamento dá conta de pagá-la.

Como aqui no Investir Bem adoramos dar ótimas dicas, anote estas que irão ajudar você a ter controle das suas compras no cartão:

  • Fique de olho nas suas faturas, acompanhando-as com frequência;
  • Monte um orçamento para saber quanto realmente sobra para gastar com o cartão;
  • Estabeleça um limite de uso abaixo do disponível no cartão;
  • Não parcele muitas compras ao mesmo tempo.

Por fim, lembre-se: o cartão de crédito pode ser um bom aliado. Só é necessário saber usá-lo do jeito certo.

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O conteúdo do Programa Investir Bem é dedicado exclusivamente à propósitos educativos. As informações aqui disponibilizadas não devem ser entendidas como recomendações específicas de investimento nem garantia de rentabilidade.

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