Como investir sendo estudante?

Apesar de o cenário estar mudando, muitos(as) estudantes ainda não sabem que já podem entrar no mundo dos investimentos sem que para isso precisem ter muito dinheiro.

Na verdade, começar a investir nessa fase ajuda o jovem a criar uma boa relação com sua carteira e conta bancária. A longo prazo, essa relação poderá ser extremamente benéfica e garantir uma vida muito mais tranquila.

Pensando nisso, listamos os primeiros passos que o(a) estudante pode dar no mundo dos investimentos e quais ativos ficar de olho.

1. Invista um pouco a cada mês

Como mostramos em Qual o valor necessário para começar os investimentos?, o mercado financeiro oferece produtos que cabem em todos os bolsos.

O ideal é o(a) estudante analisar quanto pode separar por mês para realizar seus aportes. É importante entender que não existe um valor ideal, pois a quantia varia de acordo com a situação financeira da pessoa e dos gastos mensais que tem.

Como sabemos que a vida de estudante pode ter muitas despesas e que o jovem tem também uma vida social bem ativa, o mais indicado é definir um valor que seja confortável e que não vá comprometer o orçamento.

2. Defina objetivos

O(A) estudante tem uma vida inteira pela frente e muitos sonhos na cabeça. Apesar disso, tende a ser imediatista. Como veremos, existem opções de investimentos que são para longo prazo e podem ajudar a dar uma vida mais tranquila no futuro.

Por outro lado, há opções para curto e médio prazo que podem ajudar a pessoa a realizar um sonho ou alcançar um objetivo, como fazer um curso de pós-graduação, um intercâmbio ou se tornar um empreendedor.

Uma sugestão é colocar no papel os objetivos e definir prioridades. Isso ajudará na escolha dos investimentos, como veremos a seguir.

3. Escolha os investimentos

Conforme for se familiarizando com o mundo dos investimentos, o(a) estudante verá que existem diversas possibilidades. Para essa fase da vida separamos quatro:

Títulos públicos (Tesouro Direto)

Os títulos do Tesouro são uma ótima opção por um motivo principal: podem ser comprados com um baixo aporte inicial. Além disso, dependendo da economia do nosso país, podem ter rendimento de até 100% em cinco anos.

A popularidade deste investimento está ligada também à segurança. Isso porque os títulos públicos são garantidos pelo Tesouro Nacional.

Para estudantes que se interessam por esta opção, destacamos que existem modalidades de títulos prefixados e de pós-fixados. No primeiro caso o rendimento é definido no momento da compra.

Já no segundo, a rentabilidade só é conhecida quando o prazo do investimento é encerrado, porém, o investidor sabe o tipo de marcador utilizado, como o IPCA, e pode fazer projeções de rendimento.

No site do Tesouro Direto estão informações detalhadas sobre as opções disponíveis. Algo que todas têm em comum é o fato de que, quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado, maior será sua rentabilidade e menor a incidência de impostos.

O Tesouro Direto pode ser uma boa alternativa para objetivos de curto, médio e longo prazo.

CDB

O CDB - Certificado de Depósito Bancário - também pode ser uma opção bem interessante para os(as) estudantes. Os valores mínimos para investir na modalidade dependem do banco ou da corretora escolhida. Os prazos também variam.

Sobre a rentabilidade dos CDBs, ela acompanha o índice CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Em alguns bancos, os rendimentos podem chegar a mais de 100% do índice.

Esta pode ser uma boa opção para estudantes que desejam um investimento mais robusto para depois de se formarem na universidade.

Destacamos que o CDB também é um investimento seguro, pois é protegido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). O FGC assegura o dinheiro do investidor em até R$ 250 mil, por CPF. Desse modo, se o banco for a falência, os recursos investidos ficam protegidos.

LCI e LCA

LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) são também opções que contam com a proteção do FGC e cuja rentabilidade segue o CDI.

Em termos de acessibilidade, hoje em dia é possível encontrar LCIs com valores mais baixos de aporte. No entanto, para objetivos imediatos, como formar uma reserva de emergência, as Letras de Crédito podem não ser uma boa opção.

Ações

Sempre que o investidor aplica seu dinheiro em ações é como se comprasse uma parte de uma empresa. Seguindo esse raciocínio, o investidor (chamado de acionista) pode lucrar de duas maneiras:

1. Quando a empresa tem lucros e o distribui aos acionistas na proporção da quantidade de quotas adquiridas, ou
2. Quando opta por vender a ação para o mercado.

É possível investir em ações com pouco dinheiro e elas podem oferecer boas oportunidades de lucro a longo prazo. No entanto, são opções que apresentam também mais riscos.

Por exemplo, ao contrário dos outros investimentos abordados aqui, que possuem uma rentabilidade fixa, investir em ações é não ter a certeza de quanto o dinheiro irá render. Além disso, o acionista tem que estar ciente de que pode inclusive perder dinheiro.

Por esse motivo, para investir com segurança em ações é importante que o(a) estudante conheça mais sobre o mercado financeiro.

4. Conheça sobre o universo das finanças

Para passar de ano todo estudante precisa se dedicar aos estudos. Do mesmo modo, para ter sucesso nos investimentos é fundamental adquirir conhecimento.

Felizmente, com a internet é possível estudar sem sair de casa. O melhor de tudo é que existem muitos cursos de finanças que são gratuitos. Indicamos alguns neste artigo.

Se quiser conhecer um pouco mais sobre outros investimentos, não deixe de ler este outro post sobre o tema.

E, claro, outra maneira de ficar por dentro do mundo das finanças e aprender a lidar bem com o dinheiro é com os conteúdos do Investir Bem. Fique sempre de olho nas nossas novidades!