Se você ainda não tem uma reserva de emergência, então, preste atenção neste conteúdo, pois iremos lhe mostrar como montar uma.
Já reparou como a vida é cheia de “e se”? E se sua casa estiver com um problema elétrico e você precisar trocar toda a fiação? E se você, distraidamente, bater o carro e não tiver seguro?
Não desejamos nenhum desses “e se” a você, mas o fato é que todos(as) nós estamos sujeitos aos diversos imprevistos da vida. Um exemplo que serve para nos lembrar disso é a pandemia.
Fomos praticamente todos(as) pegos de surpresa e, assim, sentimos o vírus afetar também nossas contas bancárias. Podemos dizer que só não foi tão atingido no bolso quem tinha uma reserva de dinheiro para atravessar o período inicial.
A essa reserva damos também o nome de reserva de emergência, pois ela existe para ser utilizada para cobrir imprevistos. Se você ainda não tem uma reserva de emergência, então, preste atenção neste artigo, pois iremos lhe mostrar como montar uma. Vamos lá!
A reserva nada mais é do que uma quantia que está reservada e investida para ser utilizada em situações de emergência, como a perda da renda familiar, problemas na moradia e outras.
Ela serve para dar a você uma certa segurança financeira para solucionar seu problema. Por isso, deve ser usada somente em caso de emergência e em situações sérias.
Em outras palavras, a reserva não deve ser utilizada para comprar um par de tênis novo para o filho, trocar de celular ou pagar uma dívida. Isso significa que o ideal é esquecer que ela existe. Caso um imprevisto ocorra e a família precise do dinheiro, aí sim o valor necessário poderá ser utilizado.
O primeiro passo para criar a reserva é ter um orçamento financeiro, que servirá como uma ferramenta com a qual você administrará seus ganhos e gastos. Se você não tem o orçamento da sua família, ensinamos aqui as etapas para criá-lo.
O segundo passo é verificar o endividamento. Como mostraremos, a reserva será montada com um dinheiro retirado do seu orçamento ou um extra. Então, não faz muito sentido guardar uma quantia para a reserva se você possui dívidas, certo?
Ao verificar o seu orçamento, você conseguirá visualizar se está ou não endividado. Caso esteja, confira nossas dicas para sair das dívidas.
Após o orçamento montado e as dívidas zeradas, é hora de colocar a mão na massa e definir suas ações para montar a sua reserva de emergência.
Separamos 3 passos para ajudar você a ter sua reserva e estar preparado para os imprevistos.
Para definir quanto de dinheiro será destinado para a reserva de emergência, saiba qual é a relação entre receita (o que entra na sua conta) e despesa (o que sai). O ideal é fazer um controle detalhado por dois ou três meses.
E como o controle deve ser feito? Lembra que comentamos sobre o orçamento financeiro? É nele que você se baseará e justamente por isso é importante montar o orçamento antes de começar a construir a reserva.
Todos(as) nós temos dois tipos de gastos:
• Essenciais: que são aqueles dos quais precisamos para viver, como alimentação, moradia, contas de luz, água, gás e internet, e outros.
• Supérfluos: que podem ser eliminados do orçamento.
A noção de supérfluo pode mudar de família para família. Por exemplo, a academia pode ser essencial para alguém, enquanto outra pessoa pode enxergar o gasto como algo que pode ser cortado para um bem maior.
O ideal é reunir a família na hora de fazer a seleção de supérfluo versus prioritário, pois montar a reserva de emergência será um esforço conjunto. O próprio orçamento ajudará a ter uma noção melhor, mas é sempre importante envolver todos(as) na discussão.
Para o que for supérfluo, verifique quais gastos precisam ser eliminados ou reduzidos. Em seguida, verifique os gastos prioritários. Uma dica é colocá-los na ordem do mais importante para o menos importante. Assim você também terá uma noção melhor de quais gastos podem ser reduzidos.
Agora que os gastos não essenciais foram eliminados ou reduzidos, você consegue ver a quantia que sobra após todas as contas terem sido pagas. Então, é hora de definir um valor que será poupado, o qual pode ser um fixo mensal ou um percentual da renda familiar.
Para definir o valor a ser guardado na reserva financeira você deve multiplicar o valor total dos seus gastos pelo número de meses que a reserva deverá cobrir.
Você pode também definir, como exemplo, que por dois anos guardará mensalmente 10% do seu salário. Seja qual for a sua meta, é importante estabelecer o montante total que deseja para sua reserva e o tempo para fazê-lo.
Destacamos que os educadores financeiros falam que o ideal é ter guardado uma quantia para cobrir as despesas da família por 6 meses. Como isso é algo que pode ser mais difícil no começo, crie uma meta que possa ser atingida.
Todo mês, coloque a quantia a ser guardada para a reserva em um investimento, para que ele possa render. Como se trata de um dinheiro que somente será usado em casos de emergência, ele precisa estar facilmente disponível.
O recomendado é escolher um investimento de renda fixa com liquidez diária, como títulos do Tesouro, CDBs etc. Outra opção são os fundos em renda fixa com alta liquidez, que podem ser utilizados para a reserva. Lembramos que poupança não é investimento!
Se você quiser saber mais sobre as opções, confira os tipos de investimentos disponíveis.
O ato de investir o dinheiro todo mês para a reserva ajudará na criação de um hábito. E é esse hábito de fazer o dinheiro render que poderá dar a você e sua família uma tranquilidade financeira no futuro.
Pensando nisso, após criar sua reserva financeira você pode começar a guardar dinheiro para outros objetivos. Essa será a hora de, quem sabe, partir para outros investimentos que possam ser mais vantajosos para suas novas metas.
E aí, preparado(a) para montar sua reserva de emergência? Para dicas de como melhor lidar com seu dinheiro, não esqueça de acompanhar o conteúdo que disponibilizamos aqui no Investir Bem. Até a próxima!
O conteúdo do Programa Investir Bem é dedicado exclusivamente à propósitos educativos. As informações aqui disponibilizadas não devem ser entendidas como recomendações específicas de investimento nem garantia de rentabilidade.