Faz muito tempo que as mulheres passaram a ter voz para decidir se querem seguir uma carreira, estudar, ficar em casa cuidando da família e assim por diante.
Com o poder de decisão, elas também começaram a gerenciar o próprio dinheiro, atuando como personagens fundamentais para o controle das finanças. Bom, mas se o público feminino deixou de ser coadjuvante para ter uma posição de destaque quando o assunto é orçamento doméstico, é porque muitas mulheres já entenderam que o poder está com elas.
Se você deseja se tornar uma mulher empoderada (ou ajudar uma a ganhar o girl power nas finanças), está no lugar certo. Confira:
O papel das mulheres nas finanças
Atenção para este dado do Serasa: 88% das mulheres têm participação nas finanças familiares. E não para por aí, pois 38% são as principais responsáveis pela renda doméstica.
As mulheres são também interessadas em aprender a lidar com o dinheiro, sendo que nove em cada dez buscam educação financeira de alguma maneira. O que isso nos mostra?
A verdade é que, motivadas a terem conhecimento sobre planejamento financeiro, elas podem ter muito mais disciplina para acabar com as dívidas, poupar, investir e realizar sonhos, por exemplo.
Como se tornar uma mulher empoderada financeiramente?
O tal do girl power é algo que se conquista. Com isso queremos dizer que, se você ou as mulheres da sua vida se dedicarem e tirarem um tempo para organizar a vida financeira, é possível ter uma conta bancária no positivo.
E se é empoderamento feminino que você quer, dê uma olhada abaixo nas nossas cinco dicas de como conseguir isso:
1 – Comece com a faxina
Sabe quando a casa está uma bagunça, com roupas ou brinquedos no chão e louça acumulada na pia? Ninguém gosta de desorganização e, se no seu lar tudo precisa estar limpo e no devido lugar, com o orçamento é a mesma coisa.
A faxina é o primeiro passo para colocar tudo em ordem. Para isso, é preciso saber o que pode ser jogado fora e o que deve ser guardado. Em outras palavras, deve-se analisar os gastos e entender o que deve ser mantido e o que pode ser eliminado ou reduzido.
Por exemplo, será que a conta de luz não está muito alta? Não tem como viver sem energia, mas tenha em mente que com atitudes inteligentes é possível reduzir os custos (damos dicas aqui). Será que não dá para reduzir os gastos no supermercado, analisando antes o que você tem em casa para não comprar itens desnecessários?
Esses são apenas alguns exemplos para explicar que uma análise mais aprofundada sobre o dinheiro que sai é o primeiro passo para conquistar o girl power. A fim de fazer isso, crie uma lista e durante um mês coloque nela todos os gastos feitos pela família.
2 – Acabe com as dívidas
De nada adianta fazer a faxina e deixar tudo brilhando, se a sujeira foi varrida para debaixo do tapete. É o que acontece quando o orçamento parece estar em ordem, mas na verdade existem dívidas a serem pagas.
O problema delas é o mesmo da sujeira que é varrida para um canto: chega uma hora que elas crescem tanto que fica praticamente impossível ter uma vida tranquila.
Entenda que ser uma mulher empoderada financeiramente não significa apenas ter controle do dinheiro, mas também saber que há certas situações que exigem atitudes muitas vezes drásticas. Dito de outra maneira, não dá para fingir que a família não está endividada. Tampouco fingir que nada precisa ser feito.
Por esse motivo, após ter analisado as despesas que podem ser mantidas, reduzidas e eliminadas, é o momento de colocar no papel todas as dívidas existentes, inclusive aquelas com o pagamento em atraso. Identifique:
- O tipo de dívida (água, luz, cartão de crédito, cheque especial etc.)
- Nome do credor (para qual empresa ou pessoa você está devendo)
- Valor inicial
- Valor do pagamento mensal
- Valor total devido
- Taxas de juros
- Prazo de pagamento (em meses)
Em seguida, monte um plano de ação para quitá-las. Caso você precise de ajuda, falamos sobre esse assunto neste conteúdo.
3 – Monte um orçamento
Não existe mulher empoderada financeiramente que não tenha um orçamento para chamar de seu. Inclusive, é o orçamento que vai tornar muito mais fácil acabar com as dívidas e será extremamente útil para analisar seus hábitos de consumo (e de quebra, as despesas que devem ser eliminadas/reduzidas).
Como o orçamento doméstico é uma ferramenta que não pode faltar, veja como elaborar um em:
4 – Economize
Esse é um passo que pode demorar um pouco mais para ser dado, especialmente se as dívidas forem altas e/ou o orçamento estiver em desequilíbrio. No entanto, assim que a situação melhorar, é importante se planejar para economizar dinheiro.
Engana-se quem pensa que para isso é preciso ter rios de dinheiro ou uma conta bancária bem recheada. Existem gestos simples que podem não parecer grande coisa, mas que somados fazem uma diferença e tanto.
Sabia, por exemplo, que é possível economizar até R$ 300 no mês com algumas mudanças simples? Falamos sobre isso neste conteúdo. Leia-o e aproveite nossas dicas.
5 – Monte uma reserva de emergência
O girl power vira realidade quando um imprevisto acontece e a mulher consegue resolvê-lo plenamente, pois tem dinheiro para solucioná-lo.
Isso é possível com a reserva de emergência. Ferramenta indispensável para evitar que uma nova dívida seja contraída, pois é ela que mantém o equilíbrio no orçamento.
Explicamos aqui como criar uma, mas para você ter uma ideia, é necessário definir um valor mensal que será investido para esse fim. Você pode começar com uma quantia menor e aumentá-la à medida que a situação financeira melhora.
O recomendado é que o dinheiro seja aplicado em investimentos de renda fixa, com liquidez diária. Caso precise de uma mão, confira neste conteúdo os tipos de investimentos existentes.
Gostou deste conteúdo? Esperamos que ele ajude no seu empoderamento financeiro (ou no empoderamento das mulheres que fazem parte da sua vida). Para mais dicas como estas, acesse o Investir Bem.
O conteúdo do Programa Investir Bem é dedicado exclusivamente à propósitos educativos. As informações aqui disponibilizadas não devem ser entendidas como recomendações específicas de investimento nem garantia de rentabilidade.