A situação é a seguinte: você recebeu o salário, pagou todas as suas contas do mês e percebeu que não tem dinheiro sobrando para planejar uma viagem com a família, montar a reserva de emergência, poupar, investir e por aí vai. Se você se identifica com isso, saiba que não está sozinho(a).
É justamente para evitar situações como essa que existe um método conhecido por “pague você primeiro”. Na educação financeira, ele tem um papel essencial: o de garantir que você seja prioridade. Quer entender do que estamos falando? Continue a leitura!
O que significa “pague você primeiro”?
Pagar você primeiro é uma estratégia de orçamento que coloca a pessoa (no caso, você), no centro das atenções. A técnica muda um pouco a lógica a qual estamos acostumados(as).
Isso porque grande parte de nós recebe o salário e começa a pagar as contas. Quando sobra um dinheiro, existe a opção de reservar a quantia para o futuro ou de gastar imediatamente.
Na estratégia de pagar-se primeiro o que ocorre é o inverso. Significa dizer que, assim que receber o salário do mês, a primeira coisa a fazer é separar uma determinada quantia e investir o dinheiro. Em seguida vem o pagamento das despesas fixas e mensais do mês.
Portanto, a chave aqui é pensar em si mesmo primeiro.
Por que é importante adotar a técnica?
Perceba que essa estratégia se baseia na mudança de prioridade. Quando alguém espera que sobre um dinheiro no fim do mês para poupar, no fundo não está dando prioridade ao futuro financeiro.
Considerar os investimentos como a conta mais importante a pagar, faz com que as chances de atingir os objetivos aumentem. Além disso, a técnica ajuda na criação de bons hábitos financeiros.
O motivo é que, a partir do momento que uma pessoa define que, assim que receber o salário investirá a quantia X, ela obrigatoriamente precisará prestar mais atenção aos seus padrões de consumo. Somente assim conseguirá cumprir com os seus objetivos.
Como começar a aplicar a estratégia?
Pagar-se primeiramente pode não ser algo tão simples no começo, especialmente se o orçamento estiver apertado ou se houver endividamento. No entanto, com determinação e as ações corretas, é possível conseguir adotar a técnica. Dê uma olhada nas nossas dicas:
1 – Monte o orçamento
O primeiro passo é entender para onde está indo o seu dinheiro. A melhor maneira de ter essa visão é com o orçamento. Se precisar de ajuda para criar o seu, este artigo traz um passo a passo.
Ao ter o orçamento elaborado, você verá que será mais fácil controlar o dinheiro e entender quais gastos tem. Isso é importante para montar uma estratégia da quantia que poupará assim que receber o salário.
O orçamento também dá uma visão de onde os gastos estão pesando. Se for o caso, veja o que é possível cortar ou reduzir. Saiba mais em:
2 – Quite as dívidas
As dívidas são os vilões do orçamento. Com isso em mente, se você estiver devendo, dê ênfase primeiro em resolver a situação. Caso não faça isso, os juros aumentarão e você perderá a capacidade de pagar-se primeiro.
Então, relacione todas as dívidas que tem e priorize aquelas cujos juros são mais altos. Em seguida, determine a quantia do salário que será destinada para pagá-las. Caso queira algumas dicas para sair do endividamento, leia:
3 – Defina a quantia
Se você não está com dívidas ou conseguiu quitá-las, já pode definir a quantia do salário que será destinada para pagar-se primeiro. O primeiro passo é organizar as finanças. Existem alguns métodos que podem ajudar, como é o caso da regra 50-30-20.
Ela consiste em separar o dinheiro em três categorias diferentes: gastos essenciais, desejos e objetivos financeiros. Funciona assim:
- 50% do salário deve ser reservado para gastos essenciais, como despesas com moradia, alimentação, transporte, contas de água, energia e outras.
- 30% devem ir para os desejos como, por exemplo, viajar, comprar um bem e jantar fora.
- 20% são direcionados para objetivos financeiros, como para reserva de emergência.
Essa regra serve como uma base para a organização do orçamento, mas não significa que ela não pode se adaptar à sua realidade. Caso você perceba que reservar 20% do salário é muita coisa, pode mudar essa porcentagem.
Por exemplo, no lugar de 50-30-20 você pode definir 65-30-5. O importante aqui é encontrar um número que caiba no seu bolso e o(a) deixe confortável. À medida que o orçamento permitir, você pode se adequar e aumentar a quantia.
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