No dia 7 de setembro de 1822, Dom Pedro I proclamou a independência do Brasil, às margens do Rio Ipiranga, em São Paulo. Desde então, nossa nação passou a trilhar seu próprio caminho.
Nas finanças pessoais, conquistar a independência financeira significa algo parecido: ter autonomia, tranquilidade e liberdade para tomar decisões sem depender de empréstimos ou enfrentar o peso das dívidas.
Infelizmente, o número de famílias endividadas no Brasil é alto, o que significa que muitas pessoas não conseguem aproveitar plenamente sua renda e acabam vivendo com estresse financeiro e dívidas que não param de crescer.
Mas com planejamento e disciplina, é possível mudar essa realidade. Confira a seguir 5 passos práticos para dar fim às dívidas e iniciar sua trajetória rumo à liberdade financeira
1 – Faça um levantamento completo das suas dívidas
Para conquistar a independência financeira, é preciso saber exatamente quanto você deve e para quem. Liste todas as suas dívidas, incluindo as de cartão de crédito, cheque especial, empréstimos e financiamentos.
Ao lado de cada uma anote:
- valor inicial
- valor do pagamento mensal
- valor total devido
- taxas de juros
- prazo de pagamento (em meses)
Atenção: não pule essa etapa, pois ter a visão clara das suas dívidas é o primeiro passo para traçar um plano eficiente de pagamento.
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2 – Crie um orçamento realista
A segunda ação rumo à independência financeira é: organize o que entra e sai da sua conta todos os meses. Se tiver um orçamento, ele será o seu guia. Caso não possua um, este conteúdo vai ajudá-lo(a) a montar o seu.
Além do orçamento, outra maneira de começar a organizar as entradas e saídas de dinheiro é anotando todos os seus gastos, sem deixar nada de fora. No fim do mês, some tudo.
Se perceber que está gastando mais do que deveria, isto é, se o dinheiro que sai da sua conta é maior do que a quantia que entra, é hora de realizar cortes ou reduções de gastos. O objetivo é que você consiga ter saldo suficiente para pagar suas obrigações mensais (como moradia e alimentação), e conseguir começar a quitar uma ou mais dívidas.
3 – Elabore uma lista de prioridades
Se possuir mais de uma dívida, é importante definir qual deve ser quitada primeiro. Se o orçamento permitir, é possível pagar mais de uma ao mesmo tempo. O indicado é colocar aquelas com juros mais altos no topo da sua lista.
Depois de definir suas prioridades, volte ao orçamento e verifique quanto dinheiro poderá destinar mensalmente para pagar cada dívida escolhida.
4 - Negocie e renegocie dívidas
Agora que você listou suas dívidas por ordem de prioridade e já sabe o valor para as parcelas que seu orçamento permite, entre em contato com credores para renegociar prazos e juros. Muitas vezes, é possível conseguir condições melhores que facilitam o pagamento e aceleram a quitação das dívidas.
Não tenha medo de negociar, pois muitos credores inclusive preferem chegar em um acordo, a não receber o valor. Aqui, vale também ficar de olho nos feirões de negociação promovidos por instituições como o Serasa e SPC.
Além dos feirões, veja se a Lei do Superendividamento se enquadra no seu caso. Ela foi criada para ajudar pessoas que possuem dívidas maiores do que os gastos necessários para garantir direitos fundamentais, como moradia, alimentação, saúde, entre outros.
Quem estiver em superendividamento pode solicitar a renegociação em bloco das dívidas no tribunal de Justiça do seu estado. Neste conteúdo você encontra mais informações sobre como a Lei funciona.
5 – Troque dívidas caras por mais baratas
Essa pode ser uma boa estratégia para você sair das dívidas. Para isso, além de negociar condições melhores – como explicamos no passo acima – você pode solicitar empréstimos pessoais com juros mais baixos que os da sua dívida, ou optar por um crédito consignado (como é o caso da linha de crédito oferecida pela Prev Pepsico aos participantes do plano).
Quer um exemplo de como trocar dívidas caras por baratas? Se você tem uma dívida com 8% de juros ao mês, pode pegar um empréstimo pessoal com 5% de juros ao mês para quitar a dívida. Assim, o custo total diminui e você organiza melhor os pagamentos.
E para entender com mais detalhes como ocorre a troca de dívidas caras por mais baratas, leia o conteúdo abaixo:
Depois de organizar e quitar suas dívidas, não cruze os braços! Mantenha a disciplina, economize e tenha uma reserva de emergência para imprevistos. Dessa maneira, você garante que não precisará recorrer a empréstimos desnecessários no futuro.
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